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Arnild Van de Velde


Cinema latino-americano atrai holandeses

Arnild Van de Velde

 
Termina hoje, em Utrecht, a segunda edição do Festival de Filmes Latino-Americanos(LAFF, sigla em holandês). Para o público brasileiro, o encerramento do festival tem como destaque a reprise dos nacionais "Visita Íntima" e "Olhar Estrangeiro"(entre 17h30 e 19h00), e "Jogo Subterrâneo" - este último em duas sessões consecutivas, às 19h15 e 21h15. O local é a sala de exibição 4, no primeiro andar do Louis Hartlooper Complex, uma antiga delegacia de polícia que há alguns anos foi transformada num espaço alternativo para quem gosta de um cineminha acompanhado de boa comida e bebida.
 
Organizado por duas jovens acadêmicas holandesas, este ano o festival tornou a colocar uma oferta de 50 filmes à disposição do público, entre eles, 11 do Brasil. "Casa de Areia", do diretor Andrucha Waddington, embora  exibido na noite de abertura com falhas técnicas - uma confusão na ordem dos rolos alterou a seqüência da película -  é o mais cotado para receber o prêmio máximo do júri a serviço do LAFF.  Outro destaque foi o documentário "Meu Amor Virtual", que o holandês Mark Fekkes rodou no Brasil, para investigar a razão do desinteresse de mulheres brasileiras por homens de seu próprio país. Fekkes se baseou em anúncios em sites de relacionamento, nos quais brasileiras se apresentam, em  busca de um marido europeu ou americano. A cineasta Lúcia Murat compareceu com dois títulos: "Quase Dois Irmãos", que descreve a trajetória de dois brasileiros dentro de uma prisão, e "Olhar Estrangeiro", um documentário sobre clichês associados ao Brasil. O roteiro brasileiro do LAFF incluiu ainda o aplaudido "Cidade Baixa", de Sérgio Machado, "Cinema, Aspirina e Urubus", de Marcelo Gomes, e o curta "Alice", de Rafael Gomes. Em meio a tantos diretores brasileiros relativamente desconhecidos, o LAFF destacou Glauber Rocha e Nelson Pereira dos Santos como dois dos dez melhores diretores de cinema da América Latina.
 
Formada em Estudos Latino-Americanos pela Universidade de Utrecht, Judith van den Burg considera seu festival de cinema um instrumento para esclarecer mitos sobre a América Latina, correntes aqui na Holanda. Ela e sua sócia, Jessica de Jaeger, uma especialista em Geografia Social de países em desenvolvimento, já dedicam a maior parte do tempo à organização do evento. Até a sua conclusão, o LAFF gera mais de 70 empregos e um custo que, em 2006, chegou a EUR120 mil, divididos entre dez patrocinadores. Todos os participantes viajam para a Holanda a convite da organização, que também se responsabiliza pelas despesas básicas. Motivadas pelo sucesso do ano passado, quando, em apenas 4 dias,  mais de cinco mil pessoas visitaram o festival, Judith e Jessica  resolveram esticá-lo para o período de uma semana. A expectativa, porém, é de que a mudança não tenha trazido mais gente ao Louis Hartlooper Complex, do que em 2005. O LAFF conta ainda com uma estrutura de publicidade que inclui a publicação de um jornalzinho a cada dia.
 
Judith van den Burg disse ainda que 75% da audiência são holandeses com algum interesse na América Latina. Os demais 25% são latino-americanos radicados na Holanda. Parte da grande maioria, as estudantes Diana Visje e Ellen Van Santen compareceram ao festival em busca de mais informações sobre o México e a Guatemala, países que particularmente as interessam. Depois de terem assistido aos filmes, as duas concluíram que a América Latina não é tão pobre como dizem. As futuras mulheres de negócios e professoras  conhecem pouco do Brasil. "É um país cheio de energia, muito carnaval e gente com pouca roupa". Nenhuma das duas assistiu a um filme brasileiro.

 

 

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