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Arnild Van de Velde

 

Sandra Leoni
Acusado deverá receber sentença semana que vem
 

Arnild Van de Velde

 
O juiz J.W. Moors, da região de Amsterdã, deverá anunciar o veredicto do caso Sandra Asta Leoni até o meio da próxima semana. Ontem de manhã, enquanto conduzia o julgamento do brasileiro E.R.S. - acusado do assassinato de Leoni, em novembro do ano passado - o juiz atentou para a indiferença do réu, que se recusou a responder qualquer pergunta a ele dirigida. "O senhor não está cooperando", advertiu Moors. E.R.S., indiciado por homicídio doloso(intencional) poderá pegar entre seis e nove anos de prisão, prazo máximo previsto pela lei holandesa, para o tipo de crime.
 
A sessão começou com atraso de vinte minutos, no prédio principal do Rechtbank Amsterdam, e só terminou depois das três da tarde. Tios de Sandra Leoni, algumas amigas, três jornalistas holandeses e duas intérprete, entre outras pessoas,  acompanharam o trabalho do promotor O.J.M. van der Bijl, para quem a condenação de E.R.S. não deve ser menor do que os nove anos da pena máxima. A advogada do acusado pleiteou a absolvição do mesmo, "por absoluta falta de provas definitivas". Segundo a defesa, Leoni poderia ter sido vítima de um outro agressor, "já que não há testemunhas do crime". A perícia constatou, porém, que não havia indícios de que outras pessoas estivessem no local do assassinato, na hora em que ele ocorreu. De acordo com as investigações, a primeira pessoa a chegar à casa onde Sandra e E.R.S. estavam foi a própria dona, a brasileira E.A.M., a quem o funcionário de um restaurante próximo avisou ter ouvido os gritos de Sandra.
 
Assitido pelos serviços das intérpretes, E.R.S. parecia alheio ao ambiente. Em determinado momento, deixou escapar: "Eu fiz tudo isso o que ele está dizendo?", balbuciou, ao tomar conhecimento do conteúdo da leitura da promotoria. Segundo a opinião de funcionários do presídio onde o acusado está detido, E.R.S. apresenta sinais de mania de perseguição. Embora seja réu primário, o acusado já se envolveu em uma situação onde usou de violência. Ao receber o passaporte brasileiro na unidade consular de Oslo, Noruega, atirou uma cadeira contra a parede, em protesto contra a qualidade do documento, que considerou "fraca".
 
No Brasil, familiares de Sandra consideraram a possível pena um tanto modesta. Em um e-mail enviado pela irmã do meio, e lido - em português e durante a sessão -   pela tia dela, a família lembrou aos presentes que a perda de Sandra trouxe dor irreparável. E.R.S. limitou-se a olhar para o alto, como nada daquilo lhe dissesse respeito.

20/07/2006 - Sandra Leoni - Brasileiro acusado de assassinato será julgado hoje

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