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Arnild Van de Velde
é de Salvador, de onde saiu há 14 anos. Antes da Holanda, morou na Escócia e na Alemanha. Dedica-se ao jornalismo, à literatura, à execução de projetos culturais e ao estudo da "Ciência da Cultura"( Kulturwissenschaft), pela Universidade de Hagen(D).

Filme holandês lança Murilo Benício no cinema europeu

Arnild Van de Velde

 

Protagonistas centrais, a francesa Anne Charrier e o brasileiro Murilo Benício serão as ausências notadas na noite de gala que marcará – a partir das 20h de hoje, dia 25/09 – a premiére de Paid, filme holandês que sinaliza a estréia do ator de novelas brasileiro no mercado cinematográfico europeu.  Em seu papel mais recente, Murilo Benício interpretou um peão boiadeiro(“Tião”) na  novela América(Rede Globo), que teve, como tema central, a imigração ilegal de brasileiros para os Estados Unidos.

Preso a compromissos profissionais no Brasil, Benício faltará ao evento, que esta noite fechará o cine-teatro Tuchinski, de Amsterdã, para o seleto grupo de convidados do diretor Laurence Lamers e do produtor Sylvester Slavenburg. Em respeito às tradições da casa Tuchinski,  os anfitriões recomendam a estrita observância do Black-tie. Anne Charrier, às voltas com a maternidade, esperou até o último momento para cancelar a viagem a Amsterdã.  A atriz francesa está a poucos dias do nascimento de seu primeiro filho.

Jornalistas, críticos e personalidades dos cenários artístico e empresarial holandeses compõem,  entre outros, a lista dos convidados, cuja recepção  está marcada para 19h em diante.  Pontualmente às 20h, começa a exibição do primeiro longa-metragem de Lamers, um amsterdamer de coração preso ao Brasil. Boa parte do ano, ele vive em Curitiba(PR).

Leia aqui a íntegra da entrevista com Laurence Lamers.

Paid conta a história de amor de Paula(A. Charrier)  e Michel (M. Benício), jovens envolvidos com e ligados  pelo submundo do crime. Paula é uma garota de programa a serviço do velho chefão do narcotráfico Rudi Dancer(T. Conti), enquanto Michel é um assassino de aluguel, inspirado por Giuseppe(G. Marchand). A repentina  entrada de uma criança boliviana em suas vidas  faz com que os dois se decidam por uma mudança radical.  A trama é sustentada  pela trilha sonora inédita, composta pelo também brasileiro Jaques Morelembaum.

No melhor estilo noir, Paid é um tributo aos filmes franceses sobre gangsters e uma obra dirigida ao modo do também francês Jean-Pierre Melville. “Ele (Melville) construiu um mundo gangster mais realista, bem distante do romantismo dos filmes americanos do gênero. Um assassino é apenas um assassino, isso torna tudo muito mais cruel”, explica Lamers.  Além de Charrier e Benício, veteranos como o britânico Tom Conti( Merry Christmas Mr. Lawrence, Reuben, Reuben e Shirley Valentine) e o francês Guy Marchand(Loulou, Plein Sud, Une Belle Fille Comme Moi) integram o elenco, seguidos por atores holandeses em papéis secundários, como Helmert Woudenberg (Amsterdamned) e Peggy Jane de Schepper (Goede Tijden, Schlechte Tijden).

Rodado durante 21 dias em 2004  e ao custo total de 1, 5 milhão de euros – financiados pelo produtor exclusivo Sylvester Slavenburg, um empreiteiro de obras de grande alcance na Holanda – Paid só ficou pronto no ano passado. Roteiro e direção são de Laurence Lamers,  um experiente diretor de TV e comerciais que, em 2003,  resolveu apostar todas as fichas no que considera sua vocação genuína – a direção em cinema.  Antes de Paid, Lamers fez o curta Jewel of Death, com o qual chamou a atenção de Slavenburg para seu talento.

“Para mim, o importante é mostrar o lado bom das minhas personagens. Gangsters não são de todo maus sujeitos. Situações extremas geralmente tornam seu comportamento exagerado, mas estou convencido de que mesmo as pessoas chamadas más têm boas intenções”,  diz Lamers, filho uma família pouco convencional para a época em que nasceu:  a avó era professora de Ioga, e a mãe já o carregava para o Afeganistão muito antes do país destacar-se no mapa-múndi. Autodidata, Lamers foi para a academia apenas para confirmar e chancelar o que já sabia.  Admirador  de Antonioni, Stanley Kubrick  e do trabalho do brasileiro Fernando Meirelles, Laurence Lamers  porém inspirou-se na enigmática linguagem hitchcokiana  para dar vida aos diálogos em Paid. Ainda sem data prevista para o lançamento na Holanda, o filme estréia a princípio  na Bélgica e a seguir no Brasil. No próximo dia 2, será apresentado em sessão especial, no Festival de Cinema de Utrecht. 

Em parceria com a Waterwoods Films, empresa de Laurence Lamers, o site Brasileiros na Holanda sorteou dez entradas para esta sessão. Fique atento para participar do próximo sorteio de mais dez entradas.

 

25/09/2006

 

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