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Amsterdam Gay Pride
Parade 2011
por Nancy Niemeyer
Sob o tema “All Together
Now” (Todos Juntos Agora),a
parada de barcos deste ano
contou com quase 80 barcos,
todos muito coloridos e
apresentando sub-temas
individuais. Sem perder
de vista a oportunidade de
marketing social, diversos
grupos apresentaram seus
sub-temas através de faixas,
todos relacionados com as
dificuldades palpáveis do
dia-a-dia de um não-hetero.
Por exemplo, o público
foi instigado a pensar na
polêmica de esclarecimento
sobre homossexualidade
como parte do currículo
escolar, a discriminalizar
o HIV e a AIDS e a tomar
consciência do “business
case” na esfera do trabalho.
Foi dessa forma que
o braco da Corporate
PridePlatform(CPP) navegou
com 72 participantes das
corporações ABN AMRO,
Cisco, IBM, KPN, Philips, PwC,
Shell e UWV. Sob o sub-tema
“I can be myself @ work”
(posso ser eu mesmo(a) no
trabalho), a CPP desfilou
pela 5ª vez, tendo como
apoio a direção de cada uma
das companhias e outras
mais que não se fizeram
representar a bordo, como
o ING, que desfila todos os
anos com seu próprio barco.
Pioneira dessa queda-
de-braço da mentalidade
conservadora das grandes
corporações, foi a Shell.
Em 2005, pela primeira
vez, de forma tímida mas
determinada, a network
dos LGBT (lesbians,gays,
bissexuals and trangenders)
conseguiu navegar e
recebeu uma estrondosa
aceitação do público
presente e da mídia, com
extensa cobertura em
momento atual. No ano
seguinte, juntaram-se à
Shell a IBM, o ANB AMRO
e o ING, navegando sob
o sub-tema “Corporate
Pride = Personal Pride” e
vice-versa. Nesse mesmo
ano, foi criada a CPP e, de
lá para cá, pode-se medir
sua grande contribuição
para o “corporateworld”.
O tema deste ano aponta,
principalmente, para o fato
de que 30% dosLGBTs ainda
não tem coragem de “sair do
armário”.
Nem tudo é glamour
no mundo LGBT – a
homossexualidade feminina
continua cercada de muito
tabu e pouco respeito. Em
um planeta tão masculino,
como nosso planeta Terra,
fica difícil, até para a mulher
com outras opções sexuais,
de exercer seu direito de
cidadã. Fico cruzando os
dedinhos para que, numa
parada futura, a ênfase seja
colocada na problemática da
fêmea que é gay.
No entanto, nem toda a
população LGBT concorda
que a parada de barcos
contribui para a causa
do grupo. Há, inclusive,
alegações de que a parada
prejudica ao reforçar o
estereótipo dos LGBTs. Na
verdade, o maior apoio
a parada vem mesmo da
população hetero, que não
esconde o quanto gosta de
participar e assistir a Gay
Pride Parade.
Amsterdã