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Caminhadas são também uma "boa pedida", ao longo das fazendas dos séculos 18 e 19, com seus atrativos e curiosidades. Há também galerias e postos onde o artesanato local, sobretudo a velha arte da ce-râmica holandesa, pode ser visto e adquirido. Duran-te a primavera e o verão, a profusão de fores ajuda a compor uma imagem tão romântica como numa pintura e, a palavra de ordem é "tranqüilidade".

‘ t Old Maat Uus - “Museu-fazenda” preserva história de Giethoorn

O museu “ ‘t Old Maat Uus” , instalado numa antiga fazenda adapatada para abrigar seu acervo histórico, é uma das principais atrações turísiticas de Gietho-orn. Ali, em quatro diferentes cômodos da cons-trução do século 19, pode-se ter uma visão geral de como viviam os fazendeiros do vilarejo, onde, hoje em dia, as atividades do gênero praticamente foram extintas.

A visita ao museu pode durar até uma hora, caso acompa-nhada por um guia da casa. A história exposta no ‘t Old Maat Uus, como explicou Gerrit van Ijsselmulden, que assessorou a execução desta reportagem, refete diversos aspectos do co-tidiano local, como há centenas de anos - até 1950.

Na primeira parte do acervo, disposta no que costu-mava ser o celeiro da fazenda, o visitante terá a opor-tunidade de conhecer aspectos do comércio, ensino e da vida em sociedade.

Entre os objetos ali expostos, destacam-se uma incubadora - isso mesmo - a carvão e um conjunto de gravuras, desenhos e pinturas através dos quais se ensinava história e geografa às crianças. “A vida fora de Giethoorn era apresentada ao nativo desta manei-ra”, lembrou van Ijsselmulden. Assim era possível ao cidadão “giethoorniense” saber, por exemplo, como seria a capital, Amsterdã, distante hora e meia dali, nos dias atuais.

Ainda neste salão, jóias, roupas - na cor preta, para homens e mulheres, embora às mulheres coubesse o direito de usar toucas brancas, de crochê ou tricô, aos domingos e dias festivos. Estas mesmas toucas, adornadas com fos de prata ou ouro, indicavam a origem e a posição social de sua dona.

Um passaporte emitido em 1871 dão ao turista uma idéia de como a vida, naqueles tempos, já era um tanto organizada. Diversas ferramentas, um exemplar do tradicionalíssimo Tjasker (moinho d’água), usado para regular o nível da água até os anos 20, e uma demonstração de como são feitos os telhados de sapé, muito comuns em Giethoorn, com-pletam o mostruário.

O museu ainda guarda o “passado pescador” do vilarejo. Mas, interessante mesmo são as bicicletas: as femininas eram dotadas com uma lâmpada de composto de carbono e luvas para aquecer as mãos das ciclistas. Já as masculinas portavam uma tabela de impostos - uma herança dos anos 30.

No espaço que costumava abrigar o estábulo, o acervo se destaca pelas ferramentas usadas para a

remoção do musgo. A extração do mesmo contribuiu para o desenvolvimento de regiões não irrigadas da própria Giethoorn e do nordeste de Overijssel.

Nos ambientes destinados a retratar a vida em família, fca- -se sabendo, por exemplo, que as pessoas dormiam sentadas e que não havia quartos; as camas eram localizadas numa espécie de armário embutido, constru-ído na sala ou até mesmo no que se podia chamar de cozinha. O espaço destinado à mulher era “otimi-zado” para que esta cumprisse seus deveres de dona de casa e mãe. Do fogão, onde preparava a comida, a mulher podia observar os flhos e monitorar os acon-tecimentos da casa. A “sala de visitas” era reservada a acontecimentos e visitas especiais. Aliás, a chamada “porta da rua” só podia ser aberta em duas ocasiões: ou para a entrada da noiva, ou para a saída de um caixão.

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