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mas quando se faz um negócio aqui na Europa,
por exemplo, existem regras estabelecidas de
longa data, um processo eventualmente pode de-
morar um pouco mais, mas ele acontece. No fnal
das contas é engraçado, dá para rir das próprias
insatisfações.
Quais as vantagens que a Holanda oferece?
A Petrobras veio para a Holanda em 2001. Não
existem vantagens, vamos deixar claro, cada país
oferece uma atratividade diferente para determina-
dos tipos de negócio, e competem entre si para
oferecer melhores condições para atrair investi-
mentos externos. As empresas buscam efciência,
em consonância com as leis locais e de seu pais
de origem. Elegemos a Holanda para alguns dos
nossos negócios mas, se um dia acontecerem mu-
danças, a Holanda pode deixar de ser competitiva.
Que tipo de operações a Petrobras Nether-
lands realiza?
Desde 2001, a Petrobras Netherlands é responsá-
vel pela compra de grande parte dos equipamen-
tos utilizados pela Petrobras nas suas atividades
offshore do Brasil, desde plataformas futuantes
até equipamentos submarinos de produção. Não
temos clientes aqui, pelo contrário, temos forne-
cedores do mundo inteiro, não só da Holanda,,
Singapura, por exemplo, mas cada vez mais do
Brasil, onde quer que esses bens estejam sendo
construídos para a Petrobras NL. Uma vez conclu-
ída a construção, o equipamento será entregue à
Petrobras no Brasil.
Qual a sua visão sobre o marco regulatório do
governo?
A Petrobrás é igual a qualquer outra companhia
operando no Brasil, não temos nenhum tipo de
condição privilegiada. Portanto, o que sabemos e
de domínio público, e nos cabe cumprir o deter-
minado pelo órgão regulador, a ANP. Está sendo
anunciada a realização de leilões de blocos para
2013, se isso acontecer certamente teremos inte-
resse em analisar as áreas disponíveis. Quanto ao
marco regulatório, creio que ainda carece de al-
guns detalhes fnais para termos um leilão de áre-
as do pré-sal, quando a Petrobras poderá exercer
algumas prerrogativas.
Um tipo de monopólio de operação?
Uma vez feitas as descobertas no pré-sal, o cená-
rio mudou, com a introdução do marco regulatório.
Estamos agora construindo doze navios de pro-
dução cumprindo os compromissos assumidos, e
vamos começar a produzir essas reservas no fnal
de 2015 ou início de 2016. Temos nesse projeto
metas de conteúdo local mais altas do que normal-
mente temos em outros blocos . A Petrobras tem
sido uma grande aliada do governo brasileiro no
desenvolvimento de políticas de conteúdo local.
Você pode explicar melhor?
Conteúdo local e um dos fatores que cada empre-
sa coloca na sua proposta para uma determinada
área no leilão de blocos da ANP, junto com o pro-
grama de trabalho, o capital investido, etc. Cada
companhia é livre para propor o que achar mais
conveniente mas, uma vez aberto o envelope,
aquilo vira um comprometimento contratual se vier
a ganhar o bloco.
E quanto aos contratos?
Foi criada uma diferenciação de áreas, os con-
tratos de concessão continuam em vigor mas as
áreas de natureza estratégica terão contratos de
partilha de produção. O Brasil tem um louvável
regime de estabilidade contratual, ainda são os
mesmos contratos desde 1998, o que traz con-
fança ao investidor. Sobre os futuros leilões, seja
para que tipo de contrato, a questão dos royalites
precisa ser equacionada. Estamos num ano eleito-
ral no Brasil, creio que as discussões poderão ser
retomadas após as eleições.
O diretor da CBIE, Adriano Pires, publicou um
artigo no Estadão dizendo que o Brasil teria
que importar combustível nos próximos 10
anos. Você concorda?
O consumo de gasolina no Brasil cresceu de for-
ma espetacular nos últimos anos, estando cada
vez mais difícil se locomover nas grandes cidades.
E quanto ao diesel, o Brasil sempre foi importador