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“Marinheiros engrandecem a nação, é
desafador vencer os obstáculos das
navegações”, diz Comandante Marcos
Borges Sertã
Texto: Beatriz Bringsken
Fotos: Marcia Curvo
A Marinha brasileira já possuiu navi-
os-escolas que foram construídos por
americanos, alemães, franceses e
japoneses. O atual navio-escola (foto)
recebeu o nome de “Brasil” pois foi
projetado e construído pelo Arsenal
da Marinha, ou seja, é um motivo de
orgulho ter uma construção própria.
É a bordo de uma navio-escola que
os Guardas-Marinha (GM) recebem
a instrução prática nas áreas de
Navegação, Armamento, Comunica-
ção, Máquinas e Operações, além do
Serviço de Intendên-
cia. Este já é o terceiro
navio a receber o nome
do país, apesar dele
ser o quinto construido
no Brasil.
Depois de sete anos
de formação, os Guar-
das-Marinha ganham
uma viagem de circu-
navegação que dura seis meses e
passa por diversos países da Europa
e América. A tripulação é composta
por 217 praças, 185 guardas-marinha
e 30 ofciais, dentre eles há apenas
uma mulher. O NE Brasil ancorou
no porto de Amsterdã no dia 11 de
setembro para uma visita de quatro
dias. A Missão do Navio é prover in-
strução básica aos Guardas-Marinha
e mostrar banderia, quando em via-
gem ao exterior, a fm de contribuir
para formação professional e cultural
dos futuros ofciais e o estreitamento
de laços com as nações amigas.
“Os navios possuem alma e existe um
espírito marinheiro a ser desenvolvi-
do”, explica o comandante. O NE Bra-
sil também conta com um moderno
sistema simulador de treinamento táti-
co e foi lançado ao mar em 1983, e in-
corporado à Marinha em 1986. Marin-
heiros engrandecem a nação, pois é
uma profssão desafadora vencer os
obstáculos das navegações. Sendo
responsável por 95% do comércio
exterior do Brasil, que é realizado via
marítima, assim como
pelas àguas que ex-
traem 90% do petróleo
brasileiro.
Um fato curioso é que
o Brasil já possuiu um
navio que pertenceu
à marinha de guerra
alemã, e durante a se-
gunda guerra mundial
foi capturado pelas forças america-
nas devido a ocupação. Posterior-
mente, ele foi vendido ao Brasil e in-
corporado à Marinha em 1948, e só
desativado em 1960. O distintivo do
navio tem duas fguras centrais: a àr-
vore, que representa o pau-brasil (pri-
meiro produto extrativo encontrado
pelos descobridores do qual derivou
o nome ao país e batizou a belonave)
e o segundo símbolo são as cinco
estrelas do Cruzeiro do Sul, guia dos
navegantes dos mares austrais e um
dos atributos da Bandeira Nacional.