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Princesa Máxima faz abertura ofcial
da exposição sobre Pernambuco
“A cultura pura
é um mito”, foi
a frase utilizada
durante o discur-
so de abertura
pela diretora do
museu, Marielle
Pals, para retra-
tar a miscigenação brasileira. No último dia 2, a
princesa Máxima abriu a exposição ao bater um
tambor com a ajuda de duas lindas meninas, f-
lhas de brasileiras e holandeses. Interatividade é
a palavra de ordem para que crianças aprendam
de forma lúdica. Várias escolas de Amsterdã se
envolveram no projeto na fase de desenvolvimen-
to das atividades, foram os alunos que testaram e
aprovaram a programação.
A idéia foi criar a atmosfera de um bairro de Per-
nambuco, sem esquecer do característico man-
gue. O processo de idealização e construção dos
cenários da exposição foi longo, durou o total de
um ano para que o projeto fcasse pronto. Todo
o material exposto veio do Brasil, até mesmo as
garrafas de plásticos utilizadas como obras de
arte. As crianças aprendem a valorizar o lixo,
pois, quando existe a mistura, nada é como pare-
ce, o velho pode ser transformado em algo novo.
O processo de transformação do lixo em obra de
arte está um passo à frente da reciclagem, pois
o material não é re-processado, mas diretamente
utilizado.
Os visitantes aprendem a remixar músicas, dançar
frevo ou ciranda, a trabalhar com arte em escultura
de madeira, entre outros. Também podem esco-
lher por passear entre uma praça bem brasileira,
beber algo num típico ‘boteco’, e descobrir ambien-
tes como gruta de garrafas, galerias e estúdio. As
escolas próximas de Amsterdã foram responsá-
veis por 85% das reservas que o museu recebeu
até o momento. Durante a cerimônia ofcial, dois
grupos de crianças, um formado por estudantes
da classe 7 e outro da escola de dança Unikids,
dançaram frevo e tocaram ritmos brasileiros. Cer-
ca de 60 convidados apreciaram o evento, entre
eles, diversas autoridades, como o embaixador do
Brasil na Holanda, José Artur Denot Medeiros e
esposa, embaixatriz Thera Regouin e, o diretor da
Secretaria de Desenvolvimento de Pernambuco,
Márcio Stefanni. O museu presenteou a todos com
o livro “De Slipper van Maria Bonita”.
Por que Pernambuco?
O estado do nordeste
brasileiro foi escolhido devido à forte presença
holandesa no passado (de 1630 até 1654), du-
rante esse período a capital de Recife recebera o
nome de ‘Mauritstad’. A infuência holandesa em
Pernambuco ainda é muito forte, o conhecimento
que o cidadão pernambucano tem sobre Maurício
de Nassau é maior quando comparado com o dos
próprios holandeses. A exposição recebeu o pa-
triocínio da Fundarpe, do Estado de Pernambuco,
do Ministério de Relações Exteriores e da empre-
sa, Havaianas.
Entre os dias 6 e 7 de outubro, o grande público,
de todas as idades, é convidado para outra fes-
ta de abertura, que inclui muita música, dança,
teatro, aulas, artes visuais, passeios guiados,
workshops e um coquetel com delícias brasileiras.
A exposição permance no Tropenmuseum Junior
até o início de 2015 e conta com três diferentes
programas: para escolas, durante a semana; pú-
blico geral, nos fns de semana e férias escolares;
e adultos, que sozinhos podem conhecer a ex-
posição acompanhando um material explicativo.
Confra a programação e os horários aqui:
www.
tropenmuseumjunior.nl
Notícias nos canais de TV da Holanda:
-
RTL Boulevard
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Jeugdjournaal
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NHNieuws
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AT5
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NOS
Mais informações sobre o MixMax Brasil através
do site
www.tropenmuseumjunior.nl
Reconhecido internacionalmente como o melhor museu para crianças, o Tropenmuseum Junior busca levar o contato de
culturas contemporâneas para o seu público.
Texto: Beatriz Bringsken
Fotos: Marcos Kosma