Page 13 - dez2012

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A vila de Staphorst foi fundada pelos monges do século 13 quan-
do estes começaram a levar um pouco de progresso a esse local
pantanoso. Está situada na província de Overijssel, bem perto de
Zwolle.
Todas as fazendas foram construídas ao longo da longa estrada
na área de pântano. Dessa maneira, uma linha longa de fazen-
das foi construída, são sete milhas de distância que compreende
Staphorst-Rouveen. Este fenômeno é chamado em holandês de
“lintbebouwing” (urbanização em fta). Em muitas partes da Ho-
landa este tipo de planejamento é bastante comum.
Uma especialidade de Staphorst é, que após a morte de um fa-
zendeiro, sua terra é dividida entre seus flhos. O flho, que não
herda a fazenda de seu pai, constrói uma casa de fazenda para
seu uso fruto, colada logo atrás da outra. Por isso, muitos peda-
ços de terra são muito longos, ainda restrito (por exemplo, 1500
x 40 metros). Originalmente, cada pedaço de terra era de 125
metros de largura.
As fazendas são do tipo tradicional da Baixa Saxônia, as porti-
nholas das janelas são verdes e os batentes azuis. A maioria das
fazendas existentes atualmente foram construídas entre 1850 e
1910.
Em 1971, Staphorst tornou-se notícia no mundo devido a um sur-
to de poliomielite. Nessa epidemia, 39 pessoas, a maioria crian-
ças, foi infectada com o virus de pólio. Destes, cinco morreram
e uma série de outros fcaram inválidos. Eles acreditam que não
precisam de vacinas, que é a vontade de Deus e esta tem que
ser cumprida. Até hoje, 20% dos residentes não tomam vacinas.
Como resultado, Staphorst e outras áreas semelhantes na Ho-
landa são classifcadas como áreas de risco pela Organização
Mundial de Saúde.
A taxa de fecundidade total (TFT) em Staphorst de 2,76 em 2003
foi a quarta mais alta da Holanda. O vilarejo tem uma taxa de na-
talidade considerada uma das mais elevadas de toda a Europa.
Apesar de serem tão radicais, sexo antes do casamento é per-
mitido. O namoro é uma parte intrigante da tradição mais antiga
das famílias do vilarejo. O romance tem seu próprio estilo e chega
a ser aborígene. Se moça, com sua bolsinha de capa de chuva
atada à sua cintura permitir que esta seja “roubada”por um rapaz,
isso é indicativo que ela autoriza o namoro. Somente uma vez ao
ano, durante a feira de abril em Staphorst, a autorização de na-
moro pode ocorrer de forma diferente. A moça traz consigo uma
sacolinha de tecido com amendoins atada à cintura por baixo das
diversas camadas de saia, o rapaz que conseguir pegar a sacoli-
nha de amendoins fca com a namorada e os amendoins.
Nas casas há um quarto construído especialmente com o propó-
sito dos encontros amorosos. Ali o casal de namorados deverá
passar as noites segunda, quarta e sexta-feira. Os pais da moça,
no quarto ao lado, aguardam com satisfação essa visita noturna
do futuro genro, esperando que a flha engravide logo. Depois
que a gravidez for confrmada o casal poderá anunciar o noivado
e marcar o casamento. O namorado não tem mais como escapar,
o casamento nesse caso é obrigatório. Caso não aconteça a gra-
videz depois de sucessivas tentativas, o pretendente, como sinal
de desapontamento, colocará um espantalho na frente da casa
da moça, os amigos ajudarão levando todo tipo de apetrechos
parecidos com os usados no Halloween. O namoro aí é desfeito.
Esta tradição é antiga, mas dizem a más línguas que isso ainda
acontece em Staphorst.
R E C AN TO S DA HO L ANDA