Page 7 - dez2012

This is a SEO version of dez2012. Click here to view full version

« Previous Page Table of Contents Next Page »
deixados ao tentar encontrar uma nova rota
até a Índia farão parte da pesquisa. A inves-
tigação inclui pesquisas na Espanha e em
Portugal, o objetivo é encontrar as notif-
cações da época. Depois, a equipe irá em
campo conferir a situação atual. O livro será
dividido emparte histórica e situação atual.
Hefting prevê que o momento certo para o
lançamento é o das Olimpíadas no Rio, em
2016, e explica que apesar de alguns histo-
riadores brasileiros já terem abordado esse
tema, este é o primeiro estudo feito por
holandeses. O pesquisador elogia o traba-
lho de restauração da Sinagoga que o Brasil
fez, porém deixa uma crítica em relação à
outros patrimônios com potêncial para a
atração turística, como o Forte Orange, com
quase uma década de projetos que nunca
sairam do papel.
principalmente para a Jamaica e os EUA. A
Holanda foi o maior comerciante de escra-
vos e apenas nos últimos anos essa discus-
são foi aberta, antes era um tabu.
Com o imperialismo, no século 19, a
Holanda tornou-se uma das nações mais
poderosas da época, assim eles voltaram à
estratégia de invasão, focados na Indonésia.
No período Imperialista, a Àfrica foi divi-
dida entre Ingleses e Franceses, enquanto
na Àsia, a Inglaterra fcou com a Índia, e a
Holanda com a Indonésia.
Fundação New Holland
O diretor da fundação New Holland, Oscar
Hefting, trabalha desde 1999, no Brasil,
com escavações e conservação de patri-
mônios culturais, é especializado na histó-
ria das colônias holandesas. ‘New Holland’
foi o nome da colônia holandesa no nor-
deste brasileiro. O arqueólogo trabalhou
principalmente como ForteOrange, projeto
que começou em2002, comescavações por
umano emeio, onde encontraramum forte
holandês de 1631. Hoje, ele desenvolve um
projeto de mapeamento histórico – Atlas
Dutch Brazil, que será lançado em 2016,
a fm de ter uma melhor compreensão da
infuência holandesa no Brasil, os vestígios
Holandesa das Índias Ocidentais ainda tinha
um domínio, mas havia parado de investir no
Brasil, e atémesmo de enviar pessoas para tra-
balhar no campo ou com negócios. Nassau
sabendo que os portugueses se tornavam
cada vez mais fortes, escreveu cartas para a
Companhia dizendo que iria embora caso os
esforços não fossem enviados. Sem obter res-
postas e comuma das piores colheitas de cana
de açucar, ele desistiu do monopólio e voltou
para a Holanda em1644. Nos últimos 10 anos,
os portugueses tomaramo domínio da região.
A nova estratégia e direção que seria dada às
colônias foi uma decisão tomada emAmsterdã
e baseada nas negociações. A Indonésia dava
mais lucro, então a Holanda parou de investir
no Brasil, e não fez omonopólio de açucar que
planejava. Para os holandeses que moravam
no nordeste brasileiro, foi uma época muito
estressante, pois não havia investidores, e
sendo a Holanda pequena, não havia popu-
lação para ser enviada.
Diferente dos portugueses que levavam os
jesuítas até suas colônias, a Holanda defendia
a liberdade religiosa e essa foi a principal infu-
ência holandesa no Brasil. Como os judeus via-
javam junto comos holandeses, em1636, eles
construiram a primeira sinagoga do Brasil, em
Recife. Fundaram a ‘rua dos Judeus’, que tor-
nou-se a ‘rua do Bom Jesus’, pois como católi-
cos, os portugueses não aceitaram tal infuên-
cia, obrigando os judeus a se tornaremcristãos.
A infuência judaica também pode ser obser-
vada em sinagogas em Curaçao e Suriname.
Holanda: o maior trafcante de escravos
A primeira idéia era fazer colônias, mas não
era possível enviar pessoas para se ter o con-
trole. No século 18, eles viram que, por ser um
país pequeno, teriamquemudar de estratégia.
Então, a Holanda deixou de invadir e passou a
buscar pontos de negócios, como Curaçao e
Antilhas, base para a venda e distribuição de
escravos. Um dos principais pontos holande-
ses de compra de escravos na África foi em
Gana, lá os holandeses conquistaramo castelo
Elmina, onde faziamo comércio comnegocia-
dores locais. Os escravos embarcavam para
Curaçao e eram distribuídos pela América,
H I S T ÓR I A