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Rodolfo Torres - Formado em comunicação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), é jornalista e redator.  Mora em Brasília há dois anos e trabalha cobrindo a política nacional.
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Governo afina discurso sobre crise nos EUA

Rodolfo Torres


Brasília - Diante de um cenário nebuloso na maior economia do planeta, o discurso do governo brasileiro é um só: a economia do país não será afetada a curto prazo, apesar de, nas palavras do ministro da Fazenda, o dólar estar “derretendo”.

“Se tem uma recessão nos Estados Unidos, obviamente que vai trazer problemas para todos os países. Hoje, nós não dependemos apenas de um país, e nem de dois. Nós hoje temos uma relação comercial muito diversificada e, portanto, o Brasil está com muita solidez", afirmou o presidente Lula.

“A economia vai continuar crescendo, a agricultura vai continuar crescendo, e sobretudo, a indústria vai continuar crescendo para gerar mais empregos”, disse o otimista presidente nessa quinta-feira (20), em discurso realizado em Santa Catarina.

A opinião do presidente coincide com a do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e com a do ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge. Ambos trataram de espantar os fantasmas externos de um cenário econômico desfavorável e exaltar a solidez das reservas do país. Para Coutinho, “a crise não chegou” ao país, tendo em vista que “a decisão de investimento continua firme”.

“Trabalhamos com o mesmo cenário de R$ 180 bilhões para as exportações”, complementou Jorge, acrescentando que é necessário “estimular a atividade industrial”.

Contudo, para o economista americano Alan Greenspan, ex-presidente do Federal Reserve (Fed), equivalente ao Banco Central dos Estados, o cenário é um pouco pior do que o pregado pelo governo do Brasil. “A atual crise financeira nos Estados Unidos será verdadeiramente julgada como a mais grave desde o fim da Segunda Guerra mundial", diz Greenspan em artigo publicado no jornal inglês Financial Times.

De acordo com o americano, a recessão na economia de seu país "chegará ao fim quando o preço dos bens imobiliários se estabilizar e, com ele, os preços dos produtos financeiros endossados em empréstimos hipotecários."

Enquanto isso, o presidente Lula, um homem de palanque por excelência, aproveitou para alfinetar a oposição que, em suas palavras, prejudicou “o povo pobre deste país” ao rejeitar a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) em dezembro passado. O chamado “imposto do cheque” renderia, apenas em 2008, cerca de R$ 40 bilhões aos cofres da União.

O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, divulgou nessa quinta a arrecadação do mês de fevereiro da União. Segundo ele, o valor chegou a R$ 48,1 milhões, o que representa 10,23% a mais do que a registrada no mesmo período de 2007. Ou seja, um recorde para o mês.

“Tenho sorte porque a economia está crescendo e porque o governo está arrecadando mais, a cidade arrecada mais, o estado arrecada mais, o governo federal arrecada mais e eu vou fazer as políticas que eles quiseram me impedir, mesmo sem a CPMF”, afirmou o petista.

 


- 20/03/2008

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