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História
da Holanda :.
Na
região onde estão localizados os conhecidos Países
Baixos, viviam tribos germânicas e celtas. Até o
ano 400, a região ao sul do rio Reno fazia parte do Império
Romano. Na Idade Média, os Países Baixos estavam
divididos em principados feudais autônomos, sendo o imperador
Carlos V ou Carlos I da Espanha, 1500-1558, o autor da unificação
de todos esses territórios junto com a atual Bélgica
e Luxemburgo, denominando-os Países Baixos e os agregou
ao seu vasto império Borgonhês-Habsburguês.
O
nome Países Baixos vem de “As Províncias
Unidas dos Países Baixos”, que foram fundadas no
Século 16. Durante séculos o coração
político e econômico estava situado nas duas províncias
Holanda do Norte e Holanda do Sul; por esta razão o nome “Holanda” é usado
com freqüência como sinônimo de Países
Baixos. (O adjetivo inglês “Dutch”, que significa
neerlandês, é relacionado à palavra de origem
flamenga “Diets” que quer dizer “povo” ou “nação”).
Do início da nossa era, as “terras baixas” foram sujeitas
a soberanos estrangeiros: Romanos, Francos, Borgonheses e Espanhóis.
No Século 16, Willem de Orange liderou uma revolta das Províncias
Unidas contra seus governantes espanhóis. Depois da assim chamada “Guerra
de 80 anos”, o país ganhou a independência formalmente em
1648.Com a Paz de Münster (a Paz
de Münster, também chamada a "certidão de nascimento" do
Reino dos Países Baixos) em
1648, a República das Sete Províncias dos Países Baixos,
foi reconhecida como Estado independente. A República, consistia de
sete províncias soberanas: Holanda, Zeelândia, Utrecht, Frísia,
Groninga, Overijssel e Gueldres. A forma estatal da República seguia
mantendo um elemento feudal com o governador, um cargo poderoso, que era ocupado
pelos herdeiros de Willem de Orange.
No Século 17, os Países Baixos eram a principal nação
marítima do mundo. Esse “Século de Ouro” como é conhecido
na história neerlandesa, não foi somente um período de
grande prosperidade, mas também de grandes feitos artísticos
e intelectuais, especialmente nos terrenos da pintura, filosofia, arquitetura
e ciências naturais. Esta
prosperidade foi em grande parte conquistada pela Companhia Unida das Índias
Orientais (VOC), criada em 1602 para a navegação e o comércio
ao longo da costa asiática e africana. Neste tempo os Países
Baixos conquistaram colônias na Ásia (Indonésia), e na
América do Sul (Suriname e Antilhas Neerlandesas). No século
XVIII, os Países Baixos tiveram que ceder a sua posição
de supremacia como país comerciante à Inglaterra, contra a qual
foram travadas várias guerras.
A
Revolução Francesa significou o
final da República das Sete Províncias dos Países
Baixos. Em 1795, a República foi ocupada pelas tropas
francesas, convertendo-a em um estado vassalo: a República
Batava. Quatro anos mais tarde, os Países Baixos foram
anexados na sua totalidade à França.
Depois
da derrota de Napoleão,surgiu uma
luta entre monarquistas e republicanos da qual saíram
vitoriosos os monarquistas. Willem Frederik,
Príncipe
de Orange-Nassau e filho do último governador, regressou
da Inglaterra.Willem I foi proclamado rei. Isto marcou a introdução
da monarquia hereditária. O Governo voltou a transferir-se
para Haia; porém, Amsterdã se manteve como a capital
oficial. Os Países Baixos também continuavam como
Estado Unitário, já que não se voltou ao sistema
das províncias autônomas.Em 1830, os Países
Baixos do Sul se separaram e formaram o Estado da Bélgica.
Em 1839, Willem I aceitou esta separação; no mesmo
ano renunciou ao trono. Foi sucedido por Willem II, depois por
seu filho Willem III, em 1890 terminou a sucessão ao trono
em linha masculina. Como Wilhelmina ainda era criança para
assumir a coroa, Emma assumiu até que Wilhelmina completasse
18 anos em 1898 e assumisse a monarquia, começou assim a
regência feminina.
Durante
a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), os Países Baixos se mantiveram neutros. Mesmo mantendo
uma política de absoluta neutralidade até a Segunda
Guerra Mundial, em maio de 1940 as tropas alemãs invadiram
o país, iniciando-se assim uma ocupação
de cinco anos. A rainha Wilhelmina se refugiou na Inglaterra,
de onde continuou exercendo um papel importante como símbolo
da resistência contra as tropas alemãs.Em 1948,
depois de reinar por cinqüenta anos, abdicou em favor da
sua filha Juliana. Em 1980, Juliana foi sucedida no trono pela
sua filha mais velha, a atual rainha Beatrix.
Desde
1848, quando ocorreu uma drástica revisão da Constituição,
os ministros não deviam mais responder ante ao Monarca,
mas ante aos representantes eleitos do povo, o parlamento. Esta
nova Constituição formou a base da atual monarquia
constitucional com um sistema parlamentário.
No
decorrer do Século 19, a revolução
industrial levara a uma economia de rápida expansão
que continuou no Século 20. No início, os principais
setores eram comércio e navegação, indústria
agrícola, carvão, química; mais tarde, a
indústria eletrônica juntou-se a isso. Depois da
Primeira e Segunda Guerra Mundial, o desenvolvimento econômico
diversificou-se e se acelerou . Até a Segunda Guerra Mundial,
os Países Baixos haviam sido uma grande potência
colonial, porém, pouco depois do fim da guerra, as colônias
rapidamente se tornaram independentes. Hoje, o Reino dos Países
Baixos compõe-se de três territórios: os
Países Baixos na Europa Ocidental, as Antilhas Neerlandesas
e Aruba, no Caribe. O território dos Países Baixos
situado na Europa tem uma área de 41.526 km2. Ao norte
e oeste, faz fronteira com o Mar do Norte, ao leste com a Alemanha
e ao sul com a Bélgica.
Em
adição aos setores já mencionados,
atividades em áreas como a construção civil,
refinarias de petróleo e indústrias para o processamento
de metais tiveram um forte crescimento.
Os Países Baixos são Membro Fundador da Comunidade Européia
(CE), da Organização para Cooperação Econômica
e Desenvolvimento (OCED), das Nações Unidas, da Organização
do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e de várias outras organizações
internacionais. Em 1948, o país estabeleceu, junto com a Bélgica
e o Luxemburgo, a primeira união alfandegária do mundo: a Benelux,
com circulação completamente livre de mão-de-obra, capital
e serviços. O Tratado de Maastricht de 1991, referente a uma integração
econômica e política mais intensa, transformando a CE na União
Européia (UE), e o Tratado de Amsterdam de 1997, com vistas a uma ampliação
da UE, foram projetados pelo Governo Neerlandês quando este mesmo exercia
a presidência da UE que é alternada entre os seus países
membro.