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O BnH entrevistou algumas mães
brasileiras que se surpreenderam com o
rápido aprendizado que os flhos tiveram.
Crianças que se
destacam: aprender um
outro idioma é o melhor
estímulo para o cérebro
A vida da bióloga, Adriana Mattos (42), que
está terminando o doutorado, casada e mãe de
trê flhos, Thamy (26) e dois meninos cheios de
energia, requer muito jogo de cintura. Victor
(8) e Daniel (5) nasceram na Holanda, e falam
3 idiomas de forma automática, aprenderam
português com a mãe, holandês com o pai e
o inglês veio por estudarem em uma escola
internacional. Adriana alerta que é errado
acreditar que aprender mais de um idioma pode
atrapalhar no processo de comunicação. “Uma
determinada percentagem de crianças vão ter
problemas na fala, independente de serem
bilingues ou não. Em diversos países é muito
comum que as crianças aprendam várias línguas
ou dialetos, até mesmo para os holandeses
de Friesland. E não existe nenhuma relação
disso com a gagueira ou difculdades na fala”,
argumenta.
No início, Adriana assume que se sentiu insegura sobre como
ensinar dois idiomas, e decidiu pesquisar o assunto. “Ficava
preocupada e até entrava empânico, pensei até em voltar a morar
no Brasil para que eles pudessem aprender a língua. Para acelerar
o processo e por medo do aprendizado
não acontecer, eu falava o tempo todo
com o Victor. Ele era bem pequeno e eu
fcava apontando para tudo, explicando
e repetindo palavras. Hoje, é ele quem
fala muito, as vezes tenho que propor
a brincadeira de fcarmos em silêncio.
Ele é interessado em aprender, já houve
casos que até me corrigiu em inglês.
Jamais falo holandês com eles, essa é a
tarefa do pai. Converso commeu marido
em inglês, e aí vira uma salada, uma
farofa de idiomas”, relata. A princípio, o
mais velho resistia para falar o ‘não’ e o
‘também’, era só ‘nee’ e ‘ook’. Enquanto,
o segundo resistiu com o ‘ja’, ao invés do
sim. Adriana explica que é um sintoma
normal misturar as línguas, pois as
crianças usam as palavras com o sentido
correto, e a questão deve ser tratada com
naturalidade. O conselho que ela dá é prestar atenção para usar a
palavra certa, como na pergunta ‘você quer um biscoito?’, ao invés
de apontar e dizer ‘você quer isso?’.
C A PA
w w w . b r a s i l e i r o s n a h o l a n d a . c o m