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Clívia Caraccíolo é jornalista e advogada, nascida em Belém do Pará e cidadã do mundo. Antes de se estabelecer na Holanda, morou em Londres. Especialista em desenvolvimento sustentável, energias renováveis e mudanças climáticas, temas que atualmente está prestando consultoria, mas é apaixonada mesmo por jornalismo multimídia. Viciada em noticiários.

 

FAO abre em Roma, discussão sobre crise e segurança alimentar

Clivia Caracciolo


 
Roma- A atual crise no preço dos alimentos que está provocando a sua escassez, as mudanças climáticas e a bioenergia são temas que se mostram como um novo desafio para os chefes de governo, representantes da sociedade civil, empresários e técnicos presentes à conferencia da FAO, em Roma, que vai até o dia 5 de junho, quinta-feira.

Como a FAO é uma agência da ONU e, portanto autônoma, líderes políticos polêmicos como o presidente do Irã, Mohmoud Ahmadinejad e o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe também foram convidados para o evento provocando o descontentamento de muitos governos ocidentais.

A conferência da Organização para a Alimentação e Agricultura acontece em caráter extraordinário e no momento em que o preço dos alimentos está provocando distúrbios sociais, crises políticas e especulações nos mercados financeiros do mundo inteiro.
A situação chegou num ponto crítico e caso se prolongue vai ficar cada vez mais difícil se buscar um ponto de equilíbrio, de acordo com técnicos da FAO.

Muitos especialistas estão preocupados porque a discussão sobre as mudanças climáticas e suas conseqüências está se desviando e todas as atenções estão voltadas, agora, para o alto preço do petróleo e, por tabela, dos alimentos. É como se uma questão estivesse desligada da outra, de acordo com Mario Acunzo, técnico do setor de Comunicação para o Desenvolvimento da FAO.

O secretário geral da ONU, Ban KI-moon, falou que ele acredita e confia que esta crise vai ser superada, mas ressalvou “se todos agirem a tempo”. Para ele a agricultura e a base da base (de qualquer civilização).

Já o diretor-geral da FAO, Jacques Diouf, prefere encarar este momento nao como uma crise, mas “como uma oportunidade para estimular a agricultura, em todos os países, principalmente, na África”. Diouf pediu aos paises 30 bilhoes de dolares anuais para relancar a agricultura e aplicar em meios para apaziguar os conflitos atuais relacionados a distribuicao de comida no mundo.

O presidente Luis Inácio Lula da Silva trouxe a Roma a posição brasileira que defende o etanol como o combustível alternativo e auxiliar para se amenizar os efeitos negativos das mudanças climáticas.  Ele afirmou que “o etanol da cana gera 8,3 vezes mais energia renovável do que a energia fóssil empregada na sua produção. Já o etanol do milho gera apenas uma vez e meia a energia que consome”.

O presidente citou as barreiras comerciais e os subsídios agrícolas como fatores que ameaçam a segurança alimentar e disse que sempre foi otimista e que confia na capacidade da humanidade de aprender com novos desafios e criar novas soluções. E para o presidente Lula a solução está em aumentar a oferta de alimentos, abrir mercados e eliminar subsídios de modo a atender à demanda crescente. E para isso é necessária uma mudança radical nas formas de pensar e atuar, concluiu Lula.

 

02/06/2008 - De Roma, Clivia Caracciolo enviada especial para a Rede Cultura de Rádio.

 

 

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