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Dra. Míriam Sommer, natural do Rio Grande do Sul, é homeopata formada em medicina no Brasil. Atualmente é mestranda na Erasmus Universiteit e atende em seu consultório em Den Haag. Esclareça suas dúvidas ou saiba como marcar consultas enviando-lhe um e-mail.

Vida e saúde

Obesidade infantil

Míriam Sommer

 

No ano de 2006, um dos grandes focos na literatura pediátrica foi a obesidade infantil e as suas conseqüências a curto, médio e longo prazo.

Abaixo, apontarei alguns dos tópicos em pesquisa pediátrica. 

Cada dia mais obesos

A cada dia que passa, os pediatras têm aumentado suas preocupações sobre o efeito da epidemia de obesidade em crianças. Um dos estudos, que trouxe à tona números assustadores com relação ao efeito da obesidade infantil, ocorreu em 2006.

Sabe-se que a obesidade abdominal e um fator de risco para alguém contrair uma diabetes tipo 2 e também para doenças cardiovasculares. Isto é, uma pessoa que possui obesidade abdominal esta mais sujeita a estas doenças.
Nos Estados Unidos, uma pesquisa nacional concluiu que a obesidade abdominal entre crianças, cresceu em mais de 60% durante o período entre 1988 e 1994.

A partir dos resultados deste estudo, os médicos passam a orientar os pais de que a obesidade abdominal – considerado como um “marcador” do aumento do risco de enfermidade cardiovascular e diabetes tipo 2 – têm aumentado de forma alarmante em crianças nos últimos anos.

A boa noticia disto tudo é que agora, a partir destes estudos epidemiológicos envolvendo crianças, os clínicos sabem mais sobre os problemas que um excesso de peso na infância pode ocasionar nestes indivíduos, quando atingirem a idade adulta.

A partir destes estudos os pesquisadores concluíram que, para facilitar que estas crianças superem a obesidade, é preciso que elas recebam a prescrição medica de exercícios e uma dieta adequada desde a tenra idade.

Um estudo longitudinal envolvendo 1000 crianças concluiu que, as crianças que permanecem obesas por um tempo mais longo, acabam carregando este problema para a idade mais avançada. Isto é, quanto maior o período de tempo que uma criança permanece obesa na infância maior é a chance desta criança seguir adiante na vida permanecendo obesa.

Exercício como medida solitária não ajuda a diminuir peso de escolares e pré-escolares

Outros pesquisadores concluíram que uma dose diária de exercícios dentro da escola e após a escola ajudam a reduzir ou eliminar o ronco e outros problemas respiratórios durante o sono.

Mas, exercício extra sozinho não é o suficiente para benefícios de saúde a longo prazo, concluiu outro estudo. Adicionando 90 minutos de atividade física à cada semana, para crianças em idade escolar e pré-escolar, não houve redução do  seu índice de massa corporal. Portanto, este estudo sugere que uma dieta e uma mudança no estilo de vida são importantes e necessárias para atingir estas mudanças.

A Associação Americana do Coração (American Heart Association) recomenda que crianças e adolescentes participem de, pelo menos, 60 minutos de atividade física moderada a vigorosa, a cada dia. E chama a atenção das escolas para promoverem pelo menos 30 minutos de atividade física moderada a vigorosa, durante o período escolar, em adição aos programas extracurriculares ou programas comunitários.

Exercícios reduzem ronco em crianças obesas
Pesquisadores concluem em pesquisas que uma dose diária de exercício vigoroso reduz ronco ou ate mesmo elimina ronco e outros distúrbios respiratórios durante o sono em crianças obesas.
A Sociedade Americana do Coração recomenda que crianças acima de dois anos de idade devem participar em atividades físicas moderadas de pelo menos 30 minutos, durante a maioria dos dias da semana (melhor se for atividade diária).

Em crianças jovens, a obesidade deve ser atacada pelas raízes imediatamente

O estudo longitudinal que envolveu mais de 1000 crianças, e que foi desenvolvido pelo National Institute of Child Health and Human Develpment Early Child Care Research Network concluiu:

  • Que uma crianças que atinge um percentil de 85 no índice de massa corporal (BMI) a qualquer momento na sua infância tende a aumentar este índice significantemente na adolescência
  • Que atingindo este percentil, a criança deve imediatamente passar a mudar seus hábitos alimentares e suas atividades físicas.

Os pesquisadores sugerem que os médicos passem imediatamente a sugerir esta mudança nos hábitos familiares e não esperar que o peso da criança normalize a medida que a criança cresce.

Quanto mais tempo a criança permanece obesa, maior a probabilidade de continuar obesa na adolescência, apontam os pesquisadores.

Conclusão
Existem fortes evidências de que a ausência de obesidade e uma meta de saúde muito positiva para a maioria dos indivíduos, e que os esforços para se diminuir a obesidade devem começar na infância.
Uma das limitações destes estudos e de que eles não levaram em consideração o peso e a altura dos pais destas crianças, o que deve estar diretamente conectado ao risco das crianças obesas desde tenra idade.

 

 

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