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Sérgio Godoy é paulistano, graduado em Artes Visuais: Central Saint Martins School of Art , em Londres. Participou de várias antologias literárias no Brasil e alguns de seus poemas foram publicados em Poetry Review UK.

Constante Movimento

Sérgio Godoy

Janelas e portas abertas, o sol em seus primeiros momentos de primavera. A luz sobre as folhas das árvores que renascem inesperadamente diante de nossos olhos. Do balcão posso ver minha vizinha, no jardim que até duas semanas atrás ainda expunha as marcas de inverno. As horas mais longas, a troca dos ponteiros nos relógios, a sensação de que logo o verão estará de volta fazendo com que a cidade renove-se em energia. Penso na passagem das estações do ano, na variação de nossos sentimentos durante o decorrer do dia. Nada permanece igual, tudo se transforma. Assim como o universo não pára, estando sempre em constante movimento, nós também não paramos. Desejos, realizações, frustrações, inerentes em nossas vidas. É esse o impulso para sempre estarmos à procura de algo novo?
Motivar-se à busca do sonho desejado?

Há alguns anos atrás, ainda em Londres, eu tinha uma amiga que pelo menos três vezes por semana voltava do trabalho com flores nos braços. Ela sempre dizia que o sorriso está em pequenos detalhes; comprar algumas flores por exemplo, colocá-las no vaso, deixar a sala ou o quarto com atmosfera positiva de novas cores.

Quando estive no Rio de Janeiro, de férias, conheci uma senhora que me disse jamais imaginar-se viver longe do mar. Que para ela todos aqueles componentes; água, céu, areia, sol, pessoas e a vista do Arpoador são partes de seu rejuvenescimento interior.

Por certas circunstância às vezes nos sentimos enfraquecidos diante de alguma “barreira” que sem esperarmos impede algo de ser concluído. E nos colocamos a reclamar, nos fazendo de vítima, culpando outras pessoas por nossos fracassos sem mesmo tentar descobrir a causa latente desse impedimento. Existe a determinação e o acreditar que vamos chegar aonde queremos estar. Por causa dessa determinação é que podemos ler todos os livros que lemos. A determinação do escritor em ultrapassar o momento silencioso, de rebuscar a palavra que escapou na hora final da última
sentença, o observar e descrever.

Assim, tudo vai seguindo dentro da transição das horas, das estações
dos anos e, principalmente, tudo depende de como saber olhar.

 

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